Depois de 2 anos parados pela situação da Covid, o Mozambique Fashion Week volta a enviar estilistas nacionais para mostrar as suas criações na passarela de Itália.
Cúccla e Fahed Gaspar foram os selecionados para representar o MFW na temporada de verão do Altaroma.
A colaboração do Mozambique Fashion Week com a CNA Federmoda vem de anos. Há mais de 10 anos que o MFW vem desenvolvendo esta parceria com o objectivo de internacionalizar a moda moçambicana, oferecendo a jovens estilistas oportunidade de crescimento e de vivenciar experiências em outras passarelas.
Ao todo foram mais de 30 estilistas que tiveram a oportunidade de representar Moçambique, tais como Taibo Bacar, Omar Adelino, Shaazia Adam, Nivaldo Thierry, Taussy Daniel, entre outros. Com experiência e aprendizado, estes desenvolveram suas marcas, que hoje são sonantes, nacional e internacionalmente.
Esta edição de verão do Altaroma foi concebida sobre o pilar Sustentabilidade e Inovação no sector da moda. O principal objetivo é apresentar soluções inovadoras e alinhar os esforços da indústria da moda para se estabelecer um novo ciclo, com a utilização de materiais seguros e erradicar o uso de microfibras que contém plástico.
Fahed Gaspar parabenizou a CNA e ao Mozambique Fashion Week pelo gesto de impulsionar a prática da moda e da sustentabilidade na moda.
“Foi fantástico e emocionante poder ver a nossa coleção passar nas passarelas da Altaroma em Roma. Tive a oportunidade de trocar ideias com estilistas e criadores que participaram do evento”, disse Fahed.
Para Shanila Jussub, estilista da marca Cúccla, foi uma experiência enriquecedora poder ter a oportunidade de estabelecer contacto com empresas e marcas que se tornaram “agentes” da economia circular e que fomentam o nascimento de soluções inovadoras de design e não só, por forma a potenciar a preservação do meio ambiente.
Com a participação foram expandidos os horizontes da marca Cúccla e abriu-se espaço para possíveis parcerias. “O evento mostrou-nos diretrizes para nos posicionarmos neste universo sustentável. Para tal, é necessário uma nova estratégia para envolver e educar os nossos clientes, providenciando-lhes toda uma nova experiência de aquisição de artigos baseados na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais”, disse.
Para finalizar, Cúccla mostrou-se lisonjeada pelo convite e poder expandir a concepção de moda moçambicana nas grandes capitais da moda e potenciar a permuta cultural.
Nós, o MFW, com esta experiência, esperamos que os nossos criadores, tenham ampliado os seus conhecimentos sobre esta matéria e que possam apresentar técnicas inovadoras e transformadoras para o desenvolvimento da moda moçambicana e impulsionar a sustentabilidade dos criadores moçambicanos. Continuamos com a responsabilidade de oferecer apoio e auxiliar o desenvolvimento da juventude e da moda no nosso país devendo cuidar, incentivar e apoiar o ensino de todos os jovens, pois neles acreditamos e colocamos a esperança de um Moçambique culturalmente rico. Continuamos a trabalhar para garantir mais oportunidades para todos e que mais estilistas e artistas nacionais possam ter a sua presença em passarelas internacionais, proporcionando à moda moçambicana oportunidades excepcionais de promoção, potencialização e visibilidade mundo afora.
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